"a cada se ciclo me refaçodo pó ascende meu espírito inflamado

Pelas tantas vezes que me desfiz, eu sozinha,

através dos venenos e das lâminas fieis, pelo fogo inquisitor,

ainda assim, floresço como uma rosa selvagem no deserto das ilusões."

Anne Albuquerque


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010



Venha e confesse entre lágrimas falsas
Se renda ao crime que eu cometi
E com um sorriso ainda nos lábios
Volte a dormir...
Não tema o que não pode feri-lo
Se meu amor é feito de espinhos,
Não é tua a carne açoitada todas as noites
Pela ausencia do calor corporeo do amado
Antes fosse...
e não morreria noite após noite
na abstinência de beijos embriagados em nosso vinho
que na minha boca, sozinha, hoje amarga
como uma doença corroendo os resquícios da alma
insistente em regressar aos teus braços
mesmo na certeza de que és proibido pra mim...

por Anne Albuquerque


domingo, 7 de fevereiro de 2010

Onde estás?





Onde estás?
Procuro-te incessante nas estradas
Pelos lugares de outrora...
Partiu levando consigo minh’alma
Meus sonhos e todos os motivos
Onde estás?
Preciso dissipar esta ausência infame
Devolve-me a paz nos teus braços
Dá-me a vida usurpada com tua partida
Faz o sangue voltar a pulsar nas veias...
Onde estás?
Traz de volta as estrelas do meu céu
Permita-me orbitar silenciosa ao teu redor
És meu Sol, sem ti...
Sou apenas uma sombra pálida,
Sem uma luz para guiar meus passos...

Por Anne Albuquerque